Nova regra do ESTA: EUA endurecem controle e pedem histórico de redes sociais de visitantes
A partir dos próximos meses, quem pretende viajar para os Estados Unidos utilizando o ESTA (Sistema Eletrônico de Autorização de Viagem) deve se preparar para uma mudança significativa no processo de autorização. O governo americano, por meio da U.S. Customs and Border Protection (CBP), aprovou uma nova norma que exige o fornecimento de até cinco anos de histórico de redes sociais como parte da triagem pré-embarque. A medida, que reforça o monitoramento de segurança nacional, impacta diretamente turistas dos cerca de 40 países participantes do programa de isenção de visto.
Nova regra do ESTA: EUA endurecem controle e pedem histórico de redes sociais de visitantes
Em termos práticos, a alteração representa um avanço nas políticas de verificação adotadas pelos EUA, ampliando a coleta de dados pessoais e comportamentais. Até então, o formulário do ESTA solicitava apenas informações mais básicas, como dados de passaporte, contatos e histórico de viagens. Com a nova exigência, o escopo se torna mais detalhado: além de informar o nome dos perfis utilizados nas principais plataformas, o viajante passa a ser avaliado também pelo seu comportamento público online.
O objetivo declarado pelo governo americano é combater riscos potenciais, identificar atividades suspeitas com mais precisão e fortalecer a triagem antes mesmo da chegada ao país. Essa abordagem está alinhada ao movimento global de ampliar mecanismos de segurança digital e cruzamento inteligente de dados. Ainda assim, especialistas chamam a atenção para possíveis efeitos colaterais. Segundo analistas de imigração, o volume maior de informações tende a tornar o processo mais lento, sobretudo para turistas frequentes ou para quem mantém várias contas de redes sociais ao longo dos últimos anos.
Outro ponto sensível é a possibilidade de atrasos ou negações no embarque em situações de inconsistência, dados incompletos ou perfis que possam levantar dúvidas durante a análise automática. Como o ESTA é um sistema voltado para aprovação rápida, qualquer aumento na complexidade tende a gerar impacto direto no tempo de resposta. Por isso, viajantes são orientados a preencher o formulário com atenção redobrada, garantindo que as informações fornecidas estejam corretas e atualizadas.
Apesar do endurecimento da triagem, a mudança não altera o direito de cidadãos dos países isentos de visto continuarem viajando ao território americano para turismo ou negócios por até 90 dias. O que muda é o caminho até a autorização, que agora exigirá mais transparência sobre a presença digital do turista.
Para quem planeja visitar os EUA nos próximos meses, o ideal é acompanhar de perto as atualizações do ESTA e se antecipar na organização dos documentos. Em um cenário de requisitos mais rigorosos e fiscalização ampliada, viajar informado e preparado faz toda a diferença.
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