Impacto do aumento do IOF nas Viagens Internacionais: O que você precisa saber
Impacto do aumento do IOF nas Viagens Internacionais: O que você precisa saber
A sigla IOF já é bem conhecida por quem costuma viajar para o exterior. O Imposto sobre Operações Financeiras incide sobre diversas transações, incluindo a compra de moeda estrangeira e o uso de cartões fora do Brasil. Mas, com o aumento da alíquota para 3,5% em 2025, muitos viajantes têm se perguntado: como isso impacta as minhas próximas viagens internacionais?
Neste post, você vai entender o que é o IOF, por que ele subiu e quais são os reflexos práticos desse aumento no bolso dos turistas. Também vamos apresentar alternativas mais econômicas para driblar os custos extras.
Impacto do aumento do IOF nas Viagens Internacionais: O que você precisa saber
O que é IOF e por que ele é cobrado?
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que incide sobre diversas operações financeiras, como empréstimos, seguros, investimentos e câmbio. No caso específico de viagens internacionais, o IOF aparece principalmente em três situações:
- Uso de cartão de crédito em compras no exterior
- Saque ou uso de cartão de débito internacional
- Compra de moeda estrangeira em casas de câmbio
A ideia do imposto é, entre outros objetivos, regulamentar a movimentação de capital estrangeiro e gerar receita para o governo.
O aumento do IOF para 3,5%: o que mudou?
Desde o dia 23 de maio de 2025, o governo brasileiro unificou a alíquota do IOF para todos os meios de pagamento utilizados no exterior. Isso significa que, agora, tanto o cartão de crédito quanto o cartão de débito, as contas globais e até a compra de papel-moeda em casas de câmbio estão sujeitos à mesma alíquota de 3,5%.
Antes disso, havia uma diferença considerável entre os métodos. Por exemplo, o IOF no cartão de crédito era de 6,38%, enquanto nas contas globais e casas de câmbio era de apenas 1,1%. Com a unificação, a expectativa do governo é igualar a carga tributária e simplificar as regras, mas na prática o cenário exige atenção.
Como o aumento do IOF afeta os viajantes?
O impacto é direto: viagens internacionais ficam mais caras. Isso vale tanto para quem planeja fazer compras no exterior quanto para quem paga hotéis, passeios ou refeições com o cartão. Além disso, estudantes que pagam mensalidades em universidades estrangeiras ou famílias que enviam remessas para parentes fora do país também sentirão o aumento no custo dessas transações.
Outro ponto relevante é que as agências de turismo, operadoras de câmbio e até companhias aéreas podem repassar esse custo adicional aos consumidores, o que afeta desde a cotação do dólar turismo até o preço final dos pacotes internacionais.
Contudo, o IOF é apenas uma parte da equação. Outros fatores como spread bancário, variação cambial e tarifas ocultas continuam a fazer diferença significativa no valor final pago pelo turista.
Por exemplo:
- Os cartões de crédito tradicionais seguem cobrando spreads elevados, geralmente entre 4% e 6% acima do dólar comercial.
- Já os cartões de contas globais (como Wise, Nomad e Revolut) ainda oferecem spreads bem menores, muitas vezes abaixo de 1%, mesmo com o novo IOF.
- As casas de câmbio também mantêm spreads variáveis, que tendem a ser mais altos em aeroportos e nos fins de semana.
Qual a melhor estratégia agora?
Mesmo com o IOF unificado, os cartões de contas globais continuam sendo a opção mais econômica para viagens internacionais, especialmente pela transparência e pelo câmbio mais justo. Além disso, essas contas permitem que o viajante faça uma espécie de poupança em dólar ou euro ao longo dos meses, aproveitando momentos de queda na cotação.
Já os cartões de crédito convencionais podem ser utilizados como plano B – úteis para aluguel de carros, check-in em hotéis e reservas que exigem caução –, mas não devem ser a principal forma de pagamento.
Se você prefere comprar moeda em espécie, leve em conta o momento da cotação e evite locais com altas taxas, como quiosques de aeroporto. A recomendação é levar uma quantia moderada em dinheiro vivo, apenas para pequenas despesas no destino.
O aumento do IOF para 3,5% exige que os viajantes estejam ainda mais atentos aos custos invisíveis de uma viagem internacional. A boa notícia é que, com informação e planejamento, é possível continuar explorando o mundo sem comprometer tanto o orçamento.
Diversifique suas formas de pagamento, conheça as vantagens das contas globais e monitore o câmbio com frequência. No fim das contas, quem se planeja viaja melhor – e mais barato.
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